Esses, a seguir, escaparam dessa armadilha.
Lena Horne em Tempestade de Ritmo (1943)
Lena Horne foi uma das primeiras atrizes negras de Hollywood, começando a atuar no mundo da dança com apenas 16 anos. No início de 1940, ela era uma das únicas negras que possuíam uma grande banda de apoio para suas apresentações em palcos e clubes e que também conseguiu; na época; um contrato para fazer parte do mundo cinematográfico.
Sobre a sua participação na história do cinema, Lena é categórica:"Eu era um tipo de negra que as pessoas brancas conseguiam aceitar". Ela se referia ao seu porte esbelto, cabelos alisados; constantemente; e um nariz arrebitado, como explica Elizabeth Atkins.
O vestido acima foi usado em seu primeiro filme de sucesso, Tempestade de Ritmo (Stormy Weather), na qual Lena interpreta uma dançarina que se apaixona por um compositor e além, trata de como eles; por serem negros; são tratados no entretenimento. A música-tema do filme é 'Stormy Weather e cantada por Lena se tornou um de seus maiores sucessos. O traje longo, de cor escura, com alguns brilhos no decote permitiram que o talento natural de Horne transparecesse pela tela.
Elizabeth Taylor em O Pai da Noiva (1950)
Elizabeth Taylor é um nome reconhecível em um instante. Seus escândalos, filantropias e seu amor por diamantes foram muito bem documentados, desde sua estreia como uma atriz-mirim até florescer em papéis sérios como em 'Assim Caminha a Humanidade' (1956) e Um Lugar ao Sol (1951), que é um de meus favoritos.
Quando ela se preparava para seu primeiro papel sério como uma jovem atriz, Liz se uniu com Spencer Tracy para protagonizar o filme O Pai Da Noiva. Como o nome do filme já diz, a história é toda sobre a preparação para o casamento dela e a tristeza de seu pai ao vê-la partir de casa.
O vestido que foi criado pela estilista Helen Rose refletia as tendências de moda dos anos 1950. O estilo era uma figura mais acentuada, com destaque para a cintura, e uma saia longa e bufante.
Taylor, na vida real, se casou oito vezes, mas este permaneceu como o vestido que representa seu amadurecimento como atriz e mulher diante das câmeras.
Todos os atores da franquia James Bond
"Meu nome é Bond. James Bond".
Além dessa frase marcante, a franquia Bond é responsável por outra tendência, a dos ternos. A elegância do agente secreto mais desejado de todos os tempos começou em 1962, com o primeiro filme estrelado por Sean Connery. Embora os detalhes dos ternos mudem de acordo com o ator escalado para o papel, todos os visuais possuem a marca registrada de James: a gravata borboleta.
Além desse look, o pioneiro James Bond também lançou outra moda, o chamado Conduit Cut que é um terno mais ajustado na cintura e com dois botões.
Entre todos os 007, os fãs, entretanto, concordam em uma questão: nenhum deles estará mal vestido nos filmes.
Anita Ekberg em A Doce Vida (1960)
Este filme italiano dirigido por Frederico Fellini é uma obra prima por si só. Agora adicione o momento icônico em que a personagem de Anita se banha na fonte Fontanna di Trevi e você têm um pedaço da história do cinema diante de seus olhos.
Todos os trajes usados no filme foram criados por Piero Gherardi, mas nenhum deles ganhou "vida" como na cena com Anita.
A silhueta simples, tomara-que-caia, com uma saia delineada e uma fenda até o meio de suas coxas, contribuiu para que o nome de Anita ficasse conhecido no mundo inteiro. Ela, que faleceu no início deste ano, foi eternizada pela película mesmo que ela afirme que "fui eu quem concretizei a carreira de Fellini e não ao contrário.
E talvez isso, ao ver esse filme, seja verdade.
Penélope Cruz em Volver (2006)
Penélope Cruz é a musa atual de Pedro Almodóvar. Com seu talento e gentileza, dentro e fora das telas, é inegável que ela é uma estrela. Mas no filme, Volver, o primeiro que assisti de Almodóvar, Penélope me surpreendeu. A cena em que ela está em uma roda de amigos cantando me fez gostar dela imediatamente.
O visual, para sua personagem, é fundamental. Suas roupas justas e a maquiagem pesada davam um ar sensual na tela e também vão contra as convenções machistas de como uma mulher "de bem" deveria se vestir. Uma mulher deve se vestir como quiser e nesse filme;com a maioria de papeis ocupados pelo sexo feminino; elas testificam exatamente isso. "Sou quem sou, como sou."
As cores vibrantes de todo o visual do filme também colaboram para a empolgação dos fãs e, embora esta não seja a melhor película do diretor, ela é com certeza uma das mais marcantes.
Vanja Orico em O Cangaceiro (1953)
Vanja Orico abalou as estruturas do cinema brasileiro em 1953 quando apresentou a canção 'Mulher Rendeira' tema do filme O Cangaceiro. Mas antes até, em 1950, ela foi a única atriz brasileira a trabalhar com o renomado diretor, Frederico Fellini, no filme Mulheres e Luzes.
Neste filme, um dos maiores sucessos do cinema brasileiro, Vanja interpreta a professora Maria que raptada pelo grupo de cangaceiros acaba se apaixonando por um dos membros da gangue.
A vestimenta de Vanja no filme é dividida em duas etapas. Na inicial, ela se veste com blusas de mangas longas e saias que vão além de seu tornozelo. Cores neutras e um coque finalizam seu visual como professora. Já na etapa final, a personagem de Orico, usa o uniforme oficial dos cangaceiros e se rende a roupas mais confortáveis e menos estruturadas para conseguir acompanhar o grupo de seu amado, Teodoro.
A atriz abrigava também no currículo as funções de cineasta e cantora. Ela infelizmente, morreu no início deste ano, mas continua a ser considerada a rainha do Ciclo Cangaceiro.
Mas e vocês, concordam com as minhas escolhas? Possuem opiniões diferentes? Afinal, a reputação de ícone de um objeto ou de alguém não se molda sozinha. Compartilhe a sua!
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