4.5.15

Atrizes que interpretam outras atrizes

O cinema é uma indústria conhecida por sua diversidade de roteiros.Mas, nesse caso, é como dizem, quanto mais se muda mais se fica no mesmo. Pensando assim, é inevitável se deparar com reprises, sequências e refilmagens de outros filmes com atores enfrentando o desafio de interpretar performances de outros colegas de profissão.

No entanto, o maior desafio de todos é interpretar outro ator que deixou sua marca na história do cinema. Alguns têm êxito e outros se contentam com interpretações feitas para permanecerem na obscuridade.
Vamos descobrir, a seguir, alguns desses episódios.

Cate Blanchett como Katherine Hepburn


Cate Blanchett se responsabilizou por um dos papeis mais difíceis do filme 'O Aviador' (2004), o de interpretar a ganhadora de 4 Oscars, Katherine Hepburn. Controversa e considerada a primeira feminista do showbusiness, Hepburn já foi denominada de 'veneno de filmes' para depois voltar ao topo com o filme 'Núpcias de um Escândalo' (1940).
Para se preparar para o papel, Cate assistiu todos os filmes de Hepburn e passou por horas de maquiagem para possuir as sardas da ruiva Katherine.

Todo o esforço valeu a pena e em 2005, Cate Blanchett ganhou o Oscar de Melhor Atriz coadjuvante por sua interpretação. Katherine Hepburn ficaria orgulhosa, agora Ava Gardner ao ver que foi interpretada pela Kate Beckinsale, nem tanto.

Justine Waddell como Natalie Wood


O filme 'O Mistério de Natalie Wood' foi feito para a televisão em 2004 e dirigido por Peter Bognadovich. A história conta desde a infância atribulada que a mãe de Natalie a infligiu até a sua morte misteriosa a bordo de seu barco, Splendor. 
O problema é que a atuação de Justine simplesmente não é boa o suficiente. Além de se assemelhar fisicamente mais com a filha de Natalie, Natasha, os trejeitos delicados e os olhos profundos da "eterna" Maria se perdem na interpretação de Waddell. 

Uma atuação e um filme-documentário que eu, como fã de Natalie, particularmente, prefiro esquecer. 

Lynn Whitfield como Josephine Baker


Lynn Whitfield é uma das atrizes que mostram que, apesar de ser uma produção para a televisão, o seu filme e seu retrato da legendária Josephine Baker não deve ser menosprezado. Embora se foque mais na vida pessoal de Baker do que em sua estrelar carreira, Lynn se esforçou tanto no papel que ficou nua para recriar uma das performances mais famosas de Josephine: a Danse Sauvage. 

'A História de Josephine Baker" (1991) é um primeiro passo para que seus possíveis fãs comecem a conhecer a vida por trás da estrela glamurosa e também para que vibrem com a faísca de empolgamento que ela mostrava a cada número de dança.

Julie Ormond como Vivien Leigh


É inegável que Julie Ormond é uma grande atriz. Com seu primeiro papel de destaque, o 'Lenda das Paixões' de 1995 com Anthony Hopkins, ninguém duvidou que seu lugar em Hollywood estava garantido. E em 2011, com o filme 'Uma Semana com Marilyn' ela interpretou a dama indiana-inglesa, Vivien Leigh. 

O problema é que ela, como uma atriz veterana, cometeu o pior dos erros: atuou como uma caricatura ruim de Vivien Leigh. Levando-nos a crer que Viven tinha inveja de Marilyn e era uma pobre mulher sem qualquer sucesso, sua versão de Leigh não convenceu.
Não convenceu mesmo! 

Fan Bingbing como Anna May Wong (?) 


Anna May Wong foi a primeira atriz chinesa a fazer sucesso em Hollywood. Inclusa na terceira geração de chineses nascidos nos Estados Unidos, Anna teve sua primeira "brecha" no filme Toll of the Sea (1922) com então, 17 anos. Dois anos depois, ela já era um ícone da moda e passou a atuar com grandes estrelas como Marlene Dietrich e Reginald Owen.

Em meados de 2014, boatos começaram a se espalhar de que a produtora Fundamental Films estava preparando uma cinebiografia sobre Anna May Wong. Com o título de 'Garota do Dragão', (Dragon Girl)  em referência ao seu papel em Thief of Baghdad, a produção é inteiramente chinesa e gerou controvérsias.
Anna, como os críticos afirmam, nasceu nos Estados Unidos, fez filmes; em sua maioria; americanos e o fato de Hollywood nem ao menos se dignar a contar a história de uma mulher que tentou lutar contra os papeis racistas que lhe eram oferecidos é um ultraje a história do cinema.

Controvérsias a parte, essa é uma cinebiografia que espero ansiosa!




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